O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a decisão de vetar os jabutis incluídos no projeto de regulamentação das eólicas offshore foi unânime entre os ministérios do governo. A medida foi tomada devido a preocupações com o impacto negativo que esses ajustes poderiam causar na economia popular, especialmente no aumento das tarifas de energia para as famílias de baixa renda. Haddad destacou que todos os ministros envolvidos concordaram com a necessidade de levar o veto à consideração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O projeto de lei, que agora aguarda a sanção presidencial, contém trechos que favorecem o setor de carvão mineral e gás natural, gerando controvérsias sobre seu efeito no custo da energia elétrica. A inclusão desses itens, conhecidos como jabutis, causou divergências no governo, especialmente em relação à possível elevação das tarifas, o que afetaria principalmente as camadas mais vulneráveis da população.
Na véspera, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, também havia antecipado que o presidente Lula deve vetar esses pontos controversos. O governo tem até a sexta-feira para tomar uma decisão final sobre o projeto, que visa regulamentar a exploração de energia eólica no Brasil e criar novas oportunidades no setor, sem, no entanto, prejudicar as tarifas para a população.