O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se posicionou nesta sexta-feira (31.jan.2025) em defesa das estatais, explicando que o déficit de R$ 8,07 bilhões não deve ser visto como um “rombo”. Segundo a ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck, o resultado negativo se refere a uma demonstração contábil das receitas e despesas do ano, sendo que as estatais, na maioria, permanecem lucrativas. A ministra destacou que muitas despesas estão relacionadas a recursos que já estavam em caixa e que investimentos realizados pelas empresas impactaram temporariamente os números financeiros.
Em 2024, as estatais apresentaram o maior déficit da série histórica, com um aumento de 255,8% em comparação ao ano anterior, quando o déficit foi de R$ 2,27 bilhões. Apesar disso, o governo aponta que 9 das 11 estatais analisadas são lucrativas, embora algumas, como os Correios, ainda enfrentem dificuldades para se tornar rentáveis. O relatório do Banco Central, que detalhou as finanças das empresas estatais, exclui dados de Petrobras e bancos estatais, que estão fora da meta fiscal.
O presidente dos Correios, Fabiano Silva dos Santos, também minimizou o impacto do déficit de R$ 3,2 bilhões da empresa em 2024, enfatizando que o balanço oficial, previsto para março, mostrará os números definitivos, incluindo se houve lucro ou prejuízo. A expectativa é de que o ano de 2024 feche com o maior prejuízo da história da companhia. Santos afirmou estar trabalhando para que os Correios se tornem lucrativos ainda em 2025, embora os resultados detalhados só sejam conhecidos nos balanços trimestrais ao longo do ano.