A administração de Javier Milei está propondo uma série de mudanças polêmicas em políticas sociais e ambientais na Argentina. Entre as medidas está a possibilidade de retirar o feminicídio do Código Penal, o que geraria um retrocesso na legislação que classifica o assassinato de mulheres por motivos de gênero como um agravante. A proposta enfrenta resistência no Congresso, mas o governo está determinado a avançar com a reforma, que é parte de uma estratégia mais ampla de transformação cultural.
Além disso, o governo de Milei está considerando a revogação das cotas para pessoas trans no serviço público e a eliminação de treinamentos obrigatórios sobre igualdade de gênero. Embora não haja planos para revogar direitos como o casamento entre pessoas do mesmo sexo ou o direito ao aborto, o presidente tem se posicionado contra o aborto, o que agrava a tensão sobre temas relacionados aos direitos das mulheres e das minorias. Essas propostas são vistas como parte de uma agenda política mais conservadora.
Em relação ao meio ambiente, Milei também sinalizou sua intenção de se retirar do Acordo de Paris, uma medida que poderia complicar as relações da Argentina com organizações internacionais e com seus parceiros comerciais, como a União Europeia e a OCDE. O presidente questiona a relação entre as atividades humanas e o aquecimento global, o que alimenta as críticas à sua abordagem em questões ambientais. A proposta reflete sua postura contrária ao que considera ser um ecologismo radical.