O governo de Javier Milei deu início à sua política de privatizações com a venda da maioria das ações da metalúrgica Impsa para a ARC Energy, uma empresa americana. A decisão foi anunciada no dia 8 de janeiro, com o ministro da Economia, Luis Caputo, afirmando que a privatização visa atender ao objetivo de equilíbrio fiscal e evitar o uso de recursos públicos em empresas privadas. A Impsa, fundada em 1907, é uma empresa centenária e de importância estratégica para o setor energético argentino, com forte presença em projetos de hidrelétricas, energia eólica, nuclear e no fornecimento de equipamentos para a indústria de petróleo e gás.
A ARC Energy, única empresa a apresentar uma proposta na licitação, comprometeu-se a pagar US$ 7 milhões imediatamente como parte de um plano de capitalização de US$ 27 milhões. A operação envolve a transferência da maior parte das ações da Impsa, que antes estavam distribuídas entre o Estado (63,7%), a Província de Mendoza (21,2%) e outros acionistas, para a empresa americana. A privatização recebeu o apoio da Província de Mendoza, que também possui participação acionária na metalúrgica.
A Impsa, que emprega cerca de 660 pessoas, tem um passivo significativo estimado em US$ 570 milhões, com dívidas com instituições como o Banco Nación e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). A privatização faz parte da agenda de Milei de reduzir a intervenção estatal na economia e promover um modelo de mercado mais aberto e competitivo.