Em Limeira (SP), durante os dois meses de vigência do decreto de emergência hídrica, entre outubro e dezembro de 2024, a prefeitura recebeu 24 denúncias de desperdício de água, mas não aplicou multas. O decreto estipulava penalidades para atitudes como lavar ruas, calçadas e carros com o uso indevido de água, além de deixar torneiras ou canos com vazamentos contínuos. Inicialmente, as multas previstas para a primeira infração seriam de R$ 247,52, podendo chegar até R$ 495,04 em reincidências. Contudo, as fiscalizações realizadas pela Divisão de Posturas não identificaram situações de desperdício, resultando apenas em orientações aos moradores sobre a importância do uso consciente da água.
Entre as 23 denúncias recebidas sobre a limpeza de calçadas, não houve comprovação de infrações. Assim, as autoridades locais reforçaram a necessidade de economizar água, sem recorrer à aplicação de multas ou advertências formais. A situação de emergência hídrica foi revogada em 6 de dezembro, com o início do período de chuvas e a melhora nas condições dos mananciais da cidade, como a represa Salto do Lobo e os rios Jaguari e Ribeirão Pinhal.
Com a normalização do abastecimento de água, a concessionária BRK, responsável pelo fornecimento na cidade, afirmou que o sistema de distribuição opera dentro da normalidade. Os níveis dos mananciais estão adequados para garantir o abastecimento sem necessidade de medidas de contingência. A situação hídrica em Limeira, após o período crítico de estiagem, segue estável, com os recursos hídricos em níveis satisfatórios para o atendimento à população.