O governo da Bolívia anunciou a construção de muros e comportas no leito do Rio Acre, com o objetivo de prevenir alagamentos na região. A obra está prevista para ser realizada em áreas críticas, começando pela cidade de Cobija, no Departamento de Pando. O projeto, que será executado em colaboração com o governo do Acre, visa reduzir os danos causados por enchentes frequentes no local, como as ocorridas nos últimos anos. O investimento estimado é de 20 milhões de bolivianos, cerca de R$ 17 milhões.
Em uma reunião em Brasiléia, representantes do governo do Acre discutiram com autoridades bolivianas a viabilidade da construção dessas estruturas. A preocupação principal envolveu o impacto socioambiental das intervenções, que exigiriam, em alguns casos, a desapropriação de famílias. As autoridades bolivianas destacaram que estudos de viabilidade foram realizados, apontando que as obras não devem apresentar riscos significativos no início, mas uma fase mais complexa, com intervenções maiores, poderá gerar desafios no futuro.
O projeto surge após uma série de enchentes devastadoras, como a histórica cheia de 2024, que causou danos significativos tanto no lado brasileiro quanto no boliviano da fronteira. A medida busca mitigar os efeitos de futuras inundações e proporcionar tempo para a tomada de ações emergenciais pelas autoridades locais. As intervenções têm o objetivo de garantir maior controle sobre os níveis de água nos afluentes do Rio Acre, visando proteger as comunidades vulneráveis e evitar maiores prejuízos.