O governo argentino iniciou, na sexta-feira, uma série de medidas para permitir o uso mais amplo de moedas estrangeiras no cotidiano, incluindo a exibição de preços em dólares ou outras moedas, além dos pesos, e a possibilidade de pagamentos com cartões de débito em dólar. A iniciativa visa facilitar as transações e promover uma economia bimonetária, já que a população tradicionalmente utiliza o dólar para se proteger contra a instabilidade econômica.
O ministro da Economia, Luis Caputo, anunciou que, com as novas regras, os comerciantes terão a opção de exibir preços em pesos e também em dólares ou outras moedas estrangeiras, refletindo o valor total que o consumidor deve pagar. A medida substitui uma norma de 2002, que limitava a exibição do preço em dólar apenas a lojas de menor visibilidade. A flexibilidade nas formas de pagamento inclui a possibilidade de usar cartões de débito para transações em dólar, o que, segundo o governo, ajudará a estimular o consumo sem a necessidade de conversão de moeda.
Além disso, o Banco Central argentino autorizou a realização de pagamentos em dólares com cartões de débito, a partir de fevereiro de 2025, o que permitirá aos consumidores realizar compras diretamente em dólar, sem envolver operações cambiais. Essa mudança ocorre em um contexto de múltiplas cotações para o dólar no país, incluindo o mercado oficial e o paralelo, com diferenças significativas nos valores. O objetivo das novas normas é aliviar as restrições cambiais e impulsionar a economia, enquanto o país caminha para adotar um câmbio livre em 2025.