O governo brasileiro anunciou a criação de um posto de acolhimento no aeroporto de Confins, em Minas Gerais, destinado a receber cidadãos brasileiros deportados dos Estados Unidos. A medida foi fruto de uma reunião entre autoridades brasileiras, incluindo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o vice-presidente Geraldo Alckmin, com a presença de ministros da Saúde, Educação e Direitos Humanos. O objetivo é garantir condições adequadas de acolhimento e reintegração desses deportados, incluindo água, alimentação e controle de temperatura.
A ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo, ressaltou a importância de oferecer suporte para a reintegração social e o retorno ao mercado de trabalho dos deportados, destacando ainda que o Brasil se esforça para garantir que famílias não sejam separadas durante o processo. Além disso, o governo optou por não utilizar aeronaves da Força Aérea Brasileira para o transporte, pois considera que a responsabilidade é dos Estados Unidos. O Ministério das Relações Exteriores segue mantendo diálogo com as autoridades americanas para assegurar que os direitos humanos dos deportados sejam respeitados.
Relatos de deportados indicam situações de agressões e condições degradantes durante os voos de repatriação, como o uso de algemas, prática comum nos Estados Unidos, mas que tem sido criticada pelo governo brasileiro. O Itamaraty classificou essas condições como indignas, e o Brasil se posicionou contra a aplicação indiscriminada de medidas como as algemas. O governo, portanto, busca garantir que tanto as deportações quanto as repatriações respeitem os direitos dos envolvidos, com atenção especial às condições durante o transporte.