O governo anunciou que poderá reduzir as alíquotas de importação de alimentos para tentar conter a alta dos preços no Brasil. De acordo com o ministro da Casa Civil, os produtos cujo preço interno seja mais alto do que o internacional poderão ter a alíquota reduzida. A medida tem como objetivo combater a disparidade de preços e tornar os produtos mais acessíveis ao consumidor brasileiro, sem recorrer a intervenções mais radicais como o congelamento de preços.
Além disso, o governo pretende estimular a produção interna e reduzir os custos de intermediação dos produtos no mercado interno. A ideia é garantir que os benefícios da redução de custos cheguem diretamente ao trabalhador. Embora a estratégia inclua a redução das alíquotas de importação, o governo enfatizou que não adotará medidas mais extremas, como tabelamento ou fiscalização rigorosa de preços nos mercados, para evitar distorções no mercado.
Apesar da abordagem cautelosa, a proposta foi recebida com ceticismo no mercado financeiro, que teme intervenções maiores caso os preços dos alimentos não se estabilizem. O governo afirmou que irá dialogar com produtores, redes de supermercados e frigoríficos para buscar soluções que possam baixar os preços, sem recorrer a soluções estatais ou subsídios, que não foram discutidos até o momento. A convicção do governo é de que os preços devem ser formados no mercado, sem a imposição de medidas rígidas.
