O governo brasileiro, por meio da Advocacia-Geral da União (AGU), notificou a Meta, empresa dona de plataformas como Instagram e Facebook, exigindo esclarecimentos sobre as recentes mudanças em sua política de moderação de conteúdo no Brasil. A Meta anunciou que encerrará seu programa de verificação de fatos, começando pelos Estados Unidos, e passará a adotar a participação dos próprios usuários para corrigir postagens, similar ao sistema utilizado pela plataforma X. A AGU deu um prazo de 72 horas para a empresa fornecer explicações sobre como isso impactará as leis brasileiras e a moderação de conteúdo no país.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente francês Emmanuel Macron conversaram sobre a decisão da Meta, e ambos concordaram que a liberdade de expressão não pode ser usada como justificativa para espalhar mentiras, preconceitos ou ofensas. A discussão também incluiu a importância de colaborar entre o Brasil e a Europa para combater a disseminação de fake news, que pode ameaçar a soberania, a democracia e os direitos fundamentais dos cidadãos.
Entre as principais mudanças da Meta estão o fim da parceria com os verificadores de fatos e uma maior dependência das denúncias de usuários para a moderação de postagens de menor gravidade. Além disso, a empresa centralizará a revisão de conteúdos nos Estados Unidos no Texas, enquanto sua equipe de confiança e segurança será deslocada para fora da Califórnia. As novas diretrizes também incluem o retorno da recomendação de mais conteúdos políticos nas plataformas.