O governo brasileiro, por meio de seus ministros, manifestou apoio ao veto de artigos do projeto de lei que estabelece o marco regulatório para a exploração de energia eólica offshore. O texto, que aguarda sanção presidencial, foi aprovado pelo Congresso Nacional com a inclusão de dispositivos que beneficiam termelétricas a carvão e gás natural, gerando controvérsias no setor. O Ministério de Minas e Energia, junto ao Ministério da Fazenda e ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, reforçou a posição favorável ao veto desses “jabutis”, argumentando que mudanças estruturais devem ser feitas com planejamento adequado para evitar custos elevados à população.
Durante uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ministros discutiram a necessidade de uma reflexão sobre os impactos econômicos e ambientais das medidas incluídas no projeto. O ministro Alexandre Silveira destacou que o custo da energia deve ser cuidadosamente avaliado, uma vez que a introdução dessas mudanças pode acarretar um aumento significativo na conta de luz, além de gerar despesas consideráveis com subsídios ao longo das próximas décadas. A Frente Nacional dos Consumidores de Energia já se manifestou contra as modificações, alertando para um possível aumento de 9% nas tarifas de energia.
Além da discussão sobre o projeto das offshores, o governo também se mostrou otimista em relação à autorização do Ibama para a Petrobras iniciar a exploração na Margem Equatorial, uma área que se estende ao longo da costa nordeste do Brasil. O ministro Silveira expressou confiança de que a exploração será aprovada, destacando que a Petrobras atendeu às exigências ambientais do órgão. Contudo, a questão das offshores continua gerando debate, com diferentes setores do governo e da sociedade civil defendendo abordagens distintas para o futuro do setor energético brasileiro.