O governo federal está focado em resolver o impasse sobre as emendas parlamentares, que ainda estão parcialmente bloqueadas por uma decisão do Supremo Tribunal Federal, para destravar a agenda econômica e permitir o avanço de propostas como a reforma da renda. A liberação das emendas, bloqueadas pelo ministro Flávio Dino, é essencial para a votação do Projeto de Lei Orçamentária, que, caso não seja aprovado, limita os gastos do governo. Em resposta à situação, o presidente defendeu a busca por um acordo definitivo entre o Judiciário e o Legislativo.
Além disso, o governo enfrenta um cenário econômico desafiador, com a previsão de um crescimento do PIB abaixo do esperado para 2025 e uma inflação que deve continuar acima do teto. A alta dos preços dos alimentos, que subiram mais de 7% em 2024, é uma das maiores preocupações, e as autoridades reconhecem que soluções drásticas estão descartadas devido ao risco de desgastes tanto com o mercado financeiro quanto com o Congresso Nacional. Embora haja dificuldades no diálogo com o Legislativo, o governo observa o movimento de parlamentares do Centrão, que esperam ocupar ministérios importantes e ligados à articulação política.
Com as mudanças ministeriais em andamento, o governo tenta garantir estabilidade na condução de sua agenda, embora parlamentares considerem que as trocas ministeriais podem não ser suficientes para assegurar o progresso das pautas. Nesse contexto, o Executivo precisa avançar nas articulações políticas e nos acordos com o Legislativo para manter o controle sobre as reformas e o orçamento.