O déficit financeiro das estatais federais em 2024 é uma preocupação central do governo, com destaque para os Correios, que representam metade do rombo total de R$ 6,3 bilhões. A crise no mercado postal, a queda de receitas e a perda de contratos durante o governo anterior contribuíram para a situação, que exige medidas urgentes para assegurar a sustentabilidade financeira da empresa. O governo tem discutido alternativas para ampliar a geração de receitas, como a expansão para novos mercados, incluindo o Banco Digital, Marketplace e logística para saúde.
Além dos Correios, outras estatais também enfrentam desafios financeiros, como a Infraero, que administra aeroportos, e a Casa da Moeda. Em resposta ao déficit, a gestão das estatais busca reforçar a inovação e a modernização operacional. A secretária de Coordenação e Governança das Empresas Estatais do Ministério da Gestão e Inovação (MGI) descartou a privatização ou a quebra do monopólio postal, enfatizando a necessidade de diversificação das fontes de receita para reduzir os prejuízos. No entanto, ela ressaltou que as estatais podem financiar seus déficits por meio de empréstimos bancários, sem recorrer a recursos do Tesouro Nacional.
Os números de 2024 mostram que o déficit das 20 estatais mais dependentes do orçamento público alcançou R$ 6,3 bilhões. No entanto, o MGI argumenta que o conceito de déficit não é a melhor forma de avaliar a saúde financeira das empresas, pois não leva em conta investimentos realizados com recursos já disponíveis em caixa. A estimativa do Banco Central indica que o resultado das estatais será o pior da série histórica, destacando a complexidade dos desafios enfrentados e a necessidade de ajustes fiscais e estratégicos para a recuperação dessas empresas no futuro.