O governo brasileiro, sob a liderança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, anunciou a intenção de sugerir à administração dos Estados Unidos a criação de um grupo de trabalho para discutir as deportações de brasileiros. O foco principal da proposta é garantir que os deportados sejam tratados com dignidade e respeito, especialmente após denúncias de maus-tratos e uso de algemas durante o voo de deportação realizado no último dia 24. A ideia é estabelecer um diálogo construtivo com as autoridades americanas, sem aumentar as tensões com o governo de Donald Trump.
Durante uma reunião no Palácio do Planalto, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, destacou a importância de que as deportações sigam critérios mínimos de respeito aos direitos humanos. Além disso, ficou decidido que os voos da Força Aérea Brasileira não serão usados para transportar os deportados, e a utilização de aeronaves brasileiras foi descartada por receio de uma possível interpretação negativa pelas autoridades dos Estados Unidos. Também foi discutida a criação de um posto de acolhimento no aeroporto de Confins, em Minas Gerais, para receber os deportados que chegam ao Brasil.
A situação envolvendo os brasileiros deportados gerou preocupações, pois relatos indicam agressões por parte de agentes de imigração durante o voo. Em resposta, o Itamaraty convocou o encarregado de negócios da embaixada americana em Brasília para esclarecer as condições enfrentadas pelos deportados. O governo brasileiro continua buscando formas de lidar com a situação de maneira que preserve a dignidade dos envolvidos, sem agravar as relações com os Estados Unidos.