O governo federal classificou a ação que retirou algemas de brasileiros deportados dos Estados Unidos como uma operação de resgate. Após a chegada dos deportados a Manaus, um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) foi utilizado para transportá-los até Belo Horizonte, com a supervisão do Ministério da Justiça e da Polícia Federal. Durante o voo de deportação realizado por uma aeronave norte-americana, foram relatados maus-tratos, gerando preocupação com a possibilidade de incidentes diplomáticos entre brasileiros e funcionários dos EUA.
A administração brasileira temia também a possibilidade de o governo dos Estados Unidos enviar outro voo para completar o trajeto de Manaus a Belo Horizonte, o que poderia violar a soberania nacional. Diante disso, o Itamaraty afirmou que tomará medidas para evitar a repetição de situações semelhantes em futuras repatriações. A retirada das algemas foi determinada pelo Ministério da Justiça, com foco no desrespeito aos direitos dos cidadãos deportados.
Esse episódio ocorreu no contexto de uma grande operação de deportação promovida pela administração americana, que resultou na detenção e repatriação de centenas de imigrantes ilegais. A ação do governo brasileiro visou garantir que os deportados completassem a viagem de volta ao país com dignidade e segurança, assegurando, inclusive, suporte de saúde durante o trajeto.