O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, declarou que o governo brasileiro não pode permitir que os cidadãos repatriados dos Estados Unidos enfrentem o mesmo tratamento que ocorreu no voo da última sexta-feira, 24, que apresentou sérios problemas técnicos. O incidente, que poderia ter resultado em uma tragédia, motivou a reunião no Palácio do Planalto para discutir as condições das futuras repatriações e garantir que respeitem os direitos humanos e a dignidade dos repatriados.
Durante o encontro, foi anunciado que o governo brasileiro estabelecerá um posto de acolhimento humanitário no Aeroporto de Confins, em Minas Gerais, para oferecer apoio adequado aos cidadãos que chegarem em novos voos. A ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo, enfatizou que o foco será garantir boas condições de alimentação, água e acomodação para os repatriados, além de evitar a separação de famílias durante o processo. A proposta também inclui a exploração de parcerias com empresas para promover a inclusão social dos repatriados no mercado de trabalho.
O ministro Vieira também abordou as dificuldades da operação do último voo, que, além do defeito na aeronave, expôs os passageiros a riscos consideráveis. O governo brasileiro está buscando diálogo com as autoridades americanas para melhorar os processos de repatriação, visando à segurança e ao respeito às normas de acolhimento. Embora não haja confirmação de novos voos, o Brasil participará de uma reunião convocada pela Celac para discutir o episódio e suas repercussões.