O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, informou que o governo brasileiro está implementando uma execução das despesas públicas proporcional a 1/18 avos do orçamento no início de 2025, sinalizando uma postura cautelosa nas finanças. Essa medida ocorre em um momento de avaliação e ajustes no projeto de lei do Orçamento, ainda pendente de votação pelo Congresso. O Executivo, diante da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias), contava inicialmente com um duodécimo (1/12 avos) do total para viabilizar o pagamento de despesas essenciais, como salários e encargos sociais.
Em termos fiscais, o governo registrou um déficit primário de R$ 11 bilhões em 2024, o que representa apenas 0,09% do PIB, um valor consideravelmente reduzido em comparação ao rombo do ano anterior. Quando incluídos os custos com a reconstrução do Rio Grande do Sul, o déficit nominal aumentou para R$ 43 bilhões, mas, com a inflação ajustada, houve uma queda real de 81,7% em relação ao déficit de 2023, que superou R$ 239 bilhões. Este desempenho positivo é atribuído à melhoria nas contas do Tesouro Nacional, apesar dos desafios fiscais persistentes.
No último mês de 2024, o governo alcançou um superávit primário de R$ 24 bilhões, um resultado bem superior ao déficit registrado em dezembro de 2023. O Tesouro Nacional obteve um superávit de R$ 13,7 bilhões, enquanto a Previdência Social e o Banco Central também apresentaram desempenhos positivos e negativos, respectivamente. O secretário Ceron destacou que, apesar dos avanços, o governo ainda enfrenta desafios fiscais importantes, especialmente no que diz respeito à base de receitas.