O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ministros do governo se reuniram no dia 27 de janeiro com a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, para discutir a possibilidade de reajuste nos preços dos combustíveis. A reunião teve como foco principalmente a gasolina e o diesel, cujos preços, segundo economistas, estão defasados em relação aos preços internacionais. A expectativa inicial era de que um aumento fosse inevitável devido à valorização do dólar, que estava em torno de R$ 6,20. No entanto, com a recente queda na cotação do dólar, o governo passou a considerar a possibilidade de manter os preços sem alterações.
Apesar da pressão sobre a Petrobras para ajustar seus preços, a valorização do real, que chegou a R$ 5,91 no final da semana, trouxe otimismo sobre a capacidade da empresa de manter a rentabilidade sem a necessidade de novos aumentos. Um assessor presidencial indicou que, caso a taxa de câmbio continue a se manter em níveis mais baixos, a Petrobras poderia preservar seus preços sem comprometer seus resultados financeiros. A decisão ainda está sendo ponderada, com a expectativa de que novos movimentos do câmbio possam influenciar a escolha final.
Além de tratar do reajuste dos combustíveis, a reunião também abordou os investimentos da Petrobras e os planos de entrega de novos projetos da estatal para 2025. O governo busca avaliar as perspectivas econômicas e traçar uma agenda de inaugurações para o próximo ano, tentando equilibrar as demandas de controle da inflação com a necessidade de manter o crescimento e a rentabilidade das empresas públicas. As discussões continuam, com a pressão sobre os preços dos combustíveis sendo uma das principais preocupações do momento.