O IPCA-15 de janeiro, divulgado nesta sexta-feira (24), mostrou uma alta de 0,11%, com destaque para o aumento nos preços de alimentos e bebidas, que subiram 1,06%. Esse cenário tem pressionado o governo, que busca alternativas para reduzir os custos dos produtos alimentícios. Entre as possíveis medidas, o governo avalia a redução de tarifas de importação, caso os preços de produtos no mercado internacional sejam mais baixos do que no mercado interno. Isso poderia ajudar a reduzir o preço dos alimentos nacionais, tornando-os mais competitivos com os importados.
Além disso, o governo discute o estímulo à expansão da produção agrícola, com foco no aumento da oferta para equilibrar a demanda e reduzir os preços. O ministro da Agricultura mencionou que a produção de arroz, por exemplo, deverá crescer 12 a 13% este ano, o que já tem contribuído para a queda nos preços desse produto. Outras alternativas, como o incentivo à diversificação de consumo, também estão sendo consideradas, com sugestões para que a população substitua alimentos com preços mais altos por opções mais acessíveis, como mudar a fruta consumida, por exemplo.
Apesar de explorar diferentes estratégias, o governo descartou medidas como congelamento ou tabelamento de preços, além de não considerar a concessão de subsídios ou mudanças nas regras de validade de produtos. O vice-presidente também afirmou que a boa previsão para a safra de grãos e a queda do preço do dólar podem contribuir para uma eventual redução dos preços no futuro, com uma estimativa de produção recorde para a temporada 2024/25.