O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, negou a possibilidade de elevar o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para controlar a alta do dólar, destacando que o câmbio está passando por um processo de acomodação natural. Ele afirmou que não há discussões sobre mudanças no regime cambial do Brasil nem sobre o aumento de impostos com esse objetivo. Em relação ao dólar, Haddad reconheceu um estresse cambial global no final de 2024, mas mencionou que a moeda norte-americana recuou para menos de R$ 6,10 devido a especulações sobre a política comercial do futuro governo dos Estados Unidos.
Haddad também se referiu a um encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para discutir o planejamento fiscal do governo e o Orçamento de 2025. O ministro ressaltou a prioridade de aprovar a Lei Orçamentária Anual (LOA) no Congresso, apesar de não haver expectativas de grandes restrições devido ao atraso na votação. Durante o primeiro trimestre do ano, o governo funcionará com o duodécimo, uma medida que permite o uso de 1/12 da previsão orçamentária mensalmente até a aprovação do orçamento completo.
Por fim, Haddad esclareceu que o governo não discutiu novas medidas de corte de gastos e que a previsão é de uma execução mais lenta do orçamento no início de 2025. O ministro interrompeu suas férias para retomar o trabalho e se reunir com o presidente. A expectativa é que a LOA seja votada até fevereiro, para garantir a estabilidade fiscal e o funcionamento regular dos serviços públicos.