O governo federal está incentivando a Vale a concluir as negociações para a aquisição da Bamin, empresa que opera na Bahia com três grandes projetos: uma jazida de minério de ferro em Caetité, a concessão do trecho 1 da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) e o Porto Sul, em Ilhéus. As tratativas estão em fase final, com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) atuando diretamente nas discussões. A Vale estuda a possibilidade de incluir outros investidores no negócio, que pode alterar a dinâmica logística e econômica da região.
A Bamin, atualmente controlada pelo Eurasian Resources Group, tem enfrentado dificuldades em suas operações, especialmente na execução de grandes projetos de infraestrutura, como a Fiol e o Porto Sul. O cronograma das obras está atrasado, comprometendo o escoamento de minério de ferro e a viabilidade econômica de outros trechos da ferrovia. Esses atrasos chamaram a atenção do Ministério dos Transportes e da Casa Civil, que passaram a considerar alternativas para garantir a conclusão das obras e o funcionamento adequado da logística no estado.
Com a iminente compra, a Vale assumiria o controle completo dos projetos da Bamin, incluindo a jazida de minério, o trecho 1 da Fiol e o terminal portuário em Ilhéus. O movimento surge em meio à repactuação das concessões de ferrovias da Vale, como a Estrada de Ferro Carajás e a Estrada de Ferro Vitória-Minas. Embora o BNDES ainda não tenha confirmado detalhes sobre as reuniões em andamento, a compra da Bamin seria um passo estratégico para a Vale expandir sua presença na região e resolver os impasses logísticos que afetam o transporte de carga.