Em 2024, o Ministério da Justiça e Segurança Pública arrecadou R$ 133,7 milhões por meio de leilões de bens apreendidos de organizações criminosas. A maior parte dessa quantia, aproximadamente 70%, corresponde a itens relacionados ao tráfico de drogas, somando R$ 95,4 milhões. Entre os bens leiloados, estão barras de ouro, imóveis, joias, veículos de luxo, aeronaves e embarcações, todos provenientes de ações de combate ao crime organizado.
Os leilões, promovidos pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas e Gestão de Ativos (Senad), totalizaram 459 eventos e tiveram como principal objetivo a destinação dos recursos para políticas públicas de segurança e combate ao tráfico de drogas. A maior parte da arrecadação será revertida para o Fundo Nacional Antidrogas (Funad), mas também há repasses para o Fundo Penitenciário Nacional (Funpen) e o Fundo para Aparelhamento e Operacionalização das Atividades-Fim da Polícia Federal (Funapol).
A diretora de Ativos e Justiça da Senad, Tatiane Almeida, destacou que, além de enfraquecer as organizações criminosas ao retirar seus bens, os leilões contribuem para o financiamento de ações que fortalecem a segurança pública, incluindo o reaparelhamento das polícias e programas de prevenção ao crime. Dessa forma, os recursos arrecadados são empregados em um ciclo que visa reduzir o poder de grupos criminosos e aumentar a eficácia das políticas de segurança no país.