O governo brasileiro demonstrou apoio à fusão entre as companhias aéreas Gol e Azul, destacando que essa união poderia evitar o colapso de ambas e fortalecer o setor aéreo no país. O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, ressaltou que a prioridade do governo é preservar a aviação e, principalmente, a geração de empregos e renda. A possível fusão, que criaria uma gigante do setor, também é vista como uma maneira de melhorar a conectividade regional e reduzir custos operacionais.
Embora a fusão tenha sido vista com otimismo pelo governo, a proposta gerou preocupações em relação à concorrência e aos potenciais aumentos nas tarifas aéreas. O presidente-executivo da Latam, Jerome Cadier, e o ex-presidente do Cade, Gesner Oliveira, alertaram que o acordo exigiria medidas para mitigar os impactos sobre os consumidores. No entanto, Costa Filho acredita que o fortalecimento das companhias poderia, na verdade, reduzir as tarifas, pois empresas mais fortes podem ampliar suas capacidades e operar de forma mais eficiente.
A fusão foi discutida em detalhes com os presidentes da Gol e da Azul, que afirmaram estar focados no crescimento e não na elevação de preços. Segundo a Azul, a chave para reduzir os preços está na capacidade de transporte, ao invés de simplesmente aumentar tarifas. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também acompanha de perto as negociações e apoia a fusão, considerando-a fundamental para garantir que o Brasil mantenha uma companhia aérea forte, sem perder a competitividade no mercado.