Com a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em queda, o governo anunciou a ampliação do acesso ao crédito consignado para os trabalhadores do setor privado, em uma tentativa de estimular a economia. A medida foi discutida em reunião no Palácio do Planalto com a participação de ministros e dirigentes de bancos. O aumento da rejeição ao governo, impulsionado pela alta dos preços dos alimentos e a crise envolvendo o Pix, motivou ações para conter os efeitos negativos sobre a imagem do presidente.
A proposta permite que os bancos acessem diretamente os dados das folhas de pagamento dos trabalhadores, simplificando o processo e eliminando custos. Isso ampliaria o uso do FGTS como garantia para os empréstimos. O crédito consignado tende a ser mais acessível, pois as parcelas são descontadas diretamente da folha de pagamento, o que reduz o risco de inadimplência para os bancos. A expectativa é que a iniciativa beneficie cerca de 40 milhões de trabalhadores ainda este ano, podendo triplicar o volume de crédito ofertado no setor privado.
Além disso, o governo pretende criar uma plataforma digital para facilitar a oferta de crédito, permitindo que os bancos usem o eSocial para acessar informações de vinculação e folha de pagamento dos funcionários. O objetivo é oferecer um crédito pessoal mais barato, com taxas de juros mais acessíveis, o que pode representar uma solução para a alta demanda por crédito, especialmente em tempos de instabilidade econômica.