A decisão do governo brasileiro de enviar a embaixadora Gilvânia Oliveira à cerimônia de posse do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, gerou críticas de governadores de diferentes espectros políticos. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que não reconhece a vitória de Maduro, optou por não comparecer ao evento, o que reforçou a posição crítica do governo brasileiro em relação ao atual regime venezuelano.
Entre os governadores que se manifestaram, destacaram-se Romeu Zema (MG) e Ronaldo Caiado (GO). Zema considerou inaceitável qualquer apoio ao governo venezuelano, enquanto Caiado pediu o cancelamento da presença da embaixadora, mencionando a prisão recente da líder da oposição Maria Corina Machado, cuja detenção foi negada pelo governo de Maduro. Por outro lado, Helder Barbalho (PA), aliado de Lula, também se manifestou, afirmando que o Brasil não pode se omitir diante da situação política na Venezuela, a qual considera uma ditadura.
Embora o presidente Lula tenha decidido não comparecer à posse de Maduro, o PT e o MST enviaram representantes ao evento. O convite à participação de Lula foi feito, mas sua ausência reafirma a posição crítica do Brasil em relação ao governo venezuelano. Além disso, o Itamaraty se pronunciou sobre as prisões e perseguições a opositores do regime de Maduro, expressando sua preocupação com a situação política no país.