Governadores de estados brasileiros, incluindo lideranças de oposição ao governo federal, manifestaram preocupação com o impacto do novo decreto que regulamenta o uso da força policial no país. Segundo críticas, a medida limita a autonomia das polícias estaduais e vincula o acesso a recursos de segurança ao cumprimento de normas federais, o que foi classificado como uma abordagem inadequada para combater o crime organizado. As lideranças estaduais defendem uma regulamentação mais abrangente e efetiva, que inclua apoio na construção de penitenciárias e maior acesso a informações financeiras para fortalecer o enfrentamento à criminalidade.
O governador de Goiás, em entrevista, destacou a ineficácia da Força Nacional e a necessidade de respeitar a autonomia dos estados, garantida pela Constituição de 1988. Ele também defendeu que os estados desenvolvam seus próprios planos de segurança, baseando-se em modelos que demonstraram sucesso, como o de Goiás, onde os índices de criminalidade são comparados aos de países europeus. Para ele, a experiência de segurança pública goiana poderia ser uma inspiração para políticas nacionais mais eficazes.
Além disso, o governador abordou questões sobre sua atuação política e judicial, reafirmando confiança no sistema legal e destacando sua trajetória como referência em gestão pública. A discussão sobre o decreto federal abre um debate mais amplo sobre a relação entre o governo central e os estados na definição de políticas de segurança, sugerindo a necessidade de cooperação mútua para enfrentar o problema crescente do crime organizado no Brasil.