O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, fez duras críticas à política fiscal do governo federal durante um encontro com secretários municipais de saúde. Ele alertou sobre os desafios fiscais que o Brasil enfrentará em 2025, destacando o aumento dos gastos públicos e suas possíveis consequências para a inflação e a política de juros. Tarcísio também mencionou a previsão de queda na arrecadação, com impactos diretos sobre os fundos municipais, como o Fundeb e o ICMS.
O governador defendeu a adoção de uma agenda liberal e a utilização da arrecadação com privatizações como forma de mitigar os efeitos da crise econômica. Ele afirmou que, com os leilões de estatais previstos para o próximo ano, espera arrecadar R$ 50 bilhões, o que ajudaria a financiar projetos estaduais. Tarcísio também mencionou a redução de custos, incluindo cortes de cargos e benefícios tributários, como medidas adotadas pelo governo paulista para enfrentar o cenário de desaceleração econômica.
Em relação à política eleitoral, Tarcísio criticou a prática de prometer grandes entregas durante as campanhas, sem capacidade financeira para cumpri-las. Ele lembrou que, durante sua própria campanha, recusou fazer promessas irreais, como a construção de novos hospitais. Embora tenha sido cotado para uma candidatura presidencial em 2026, Tarcísio reafirmou seu compromisso com a reeleição em São Paulo, descartando, por enquanto, a possibilidade de disputar a presidência.