O Google anunciou que, em cumprimento a uma ordem executiva de Donald Trump, renomearia o Golfo do México para “Golfo da América” em seus mapas nos Estados Unidos. A decisão gerou reações variadas no México, com muitos cidadãos e autoridades considerando a medida como uma ação excessiva e sem fundamento histórico. A presidente da Cidade do México, Claudia Sheinbaum, minimizou a importância da mudança, destacando que a ordem se aplicaria apenas à plataforma continental dos Estados Unidos e que o Golfo do México continuaria a ser reconhecido no México com seu nome tradicional.
Nas redes sociais, usuários mexicanos reagiram de forma irônica, sugerindo que a mudança era uma tentativa de Trump de fazer uma homenagem ao time de futebol Club América ou uma obsessão com o país vizinho. Enquanto isso, especialistas, como Mario Melgar-Adalid, alertaram para as possíveis consequências dessa interferência, sugerindo que isso poderia ser apenas o começo de uma série de ações que afetariam a identidade do México. Em Veracruz, onde o Golfo é especialmente importante, a governadora Rocío Nahle reafirmou que o Golfo do México sempre será parte essencial da história e cultura local.
Embora a ordem de Trump tenha gerado controvérsia, o Google afirmou que aplicaria a mudança apenas em seus mapas nos Estados Unidos, mantendo o nome original para os usuários mexicanos e para o resto do mundo. A decisão de Trump também inclui a alteração do nome da montanha Denali, para Monte McKinley, em homenagem ao presidente William McKinley. A reação mexicana, em grande parte, reflete uma postura de resistência à imposição de mudanças externas em símbolos e elementos culturais nacionais.