A previsão de crescimento dos golpes financeiros por meio de sistemas de pagamento em tempo real, como o Pix, é alarmante, com estimativas apontando perdas de até R$ 11 bilhões até 2028 no Brasil. De acordo com um estudo da ACI Worldwide, os golpes por Pix já representam uma parcela significativa das fraudes globais, e espera-se que esse cenário se agrave. O Brasil, que em 2023 registrou R$ 2,12 bilhões em prejuízos, deve continuar enfrentando um aumento considerável nesses golpes, embora ainda fique atrás de países como os Estados Unidos, que lideram as perdas financeiras com sistemas de pagamento instantâneo.
O estudo também aponta o uso crescente de tecnologias avançadas por criminosos, como inteligência artificial, para automatizar e expandir seus golpes. Fraudadores estão utilizando identidades sintéticas, alimentadas por dados obtidos na dark web, para realizar ataques mais sofisticados e difíceis de rastrear. Frente a esse desafio, as instituições financeiras brasileiras têm implementado medidas de segurança, como limites de transferência, monitoramento de comportamentos e o uso de IA para detectar e prevenir fraudes em tempo real.
Para combater essa crescente ameaça, o relatório destaca a importância da colaboração entre bancos, provedores de internet e órgãos reguladores, além de campanhas educativas para conscientizar os consumidores. Embora o Brasil tenha dado passos significativos para mitigar os impactos dos golpes, como a adoção do Open Finance e o fortalecimento das ferramentas de detecção, a luta contra os fraudadores ainda exige soluções inovadoras e vigilância constante.