Em meio à incerteza macroeconômica e à recente desvalorização do real, o Goldman Sachs reiterou sua recomendação de compra para o Itaú Unibanco (ITUB4), embora tenha reduzido o preço-alvo da ação de R$ 43 para R$ 38. O banco destaca que, apesar das pressões no setor bancário, especialmente no índice de inadimplência, o Itaú está bem posicionado para aumentar seu retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) em 2025, com uma previsão de crescimento nos lucros e no pagamento de dividendos devido ao capital excedente.
O Goldman Sachs aponta que a correlação negativa entre o índice de inadimplência de 90 dias e a Selic, prevista para se manter elevada até meados de 2025, poderá causar pressão sobre os indicadores de qualidade dos ativos bancários. Contudo, fatores como o baixo nível de desemprego e a inflação controlada devem ajudar a mitigar o impacto da alta inadimplência. O banco também acredita que a ação do Itaú está sendo negociada abaixo de seus múltiplos históricos, o que já reflete muitos dos riscos embutidos na avaliação.
Além de manter a recomendação de compra para o Itaú, o Goldman Sachs também reduziu o preço-alvo para o Bradesco (BBDC4), de R$ 17,50 para R$ 14. Para os bancos digitais, a recomendação permanece positiva, destacando os potenciais de crescimento do Nubank (ROXO34) e do Banco Inter (INBR32). Por outro lado, o banco mantém uma recomendação neutra para o Banco do Brasil (BBAS3) e de venda para o Santander Brasil (SANB11), com preço-alvo de R$ 25 e R$ 23, respectivamente.