Gilberto Kassab, presidente do PSD, teceu duras críticas ao governo Lula durante sua participação na Latin America Investment Conference, realizada em São Paulo. O dirigente afirmou que, se a eleição fosse hoje, o PT não teria chances de vitória, destacando a falta de articulação para reverter a situação econômica negativa. Kassab também questionou a liderança do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, considerando-o um “ministro fraco” e sem a capacidade de comandar a economia da mesma forma que seus antecessores, como Henrique Meirelles e Paulo Guedes.
Em meio ao debate sobre a reforma ministerial, Kassab apontou que o PSD está focado em 2026 e afirmou que governadores como Tarcísio de Freitas (SP), Eduardo Leite (RS) e Ratinho Jr. (PR) são prioridades para a legenda. Ele também mencionou nomes como o prefeito do Recife, João Campos, e o prefeito de Florianópolis, Topazio Neto, como possíveis figuras de destaque na política brasileira. Kassab ressaltou que, apesar da proximidade com o governo Lula, o PSD mantém uma postura autônoma e deve apoiar Tarcísio para a reeleição em São Paulo.
Por fim, o dirigente do PSD deixou clara sua intenção de disputar a governança de São Paulo em um futuro próximo, mencionando a possibilidade de compor uma chapa com Tarcísio, mas com a resistência de setores bolsonaristas. A relação de Kassab com o bolsonarismo tem sido marcada por um distanciamento, principalmente após os episódios relacionados à CPI da Covid e à falta de posicionamento do líder do PSD sobre temas sensíveis, como a inelegibilidade de Bolsonaro. Interlocutores de Bolsonaro indicam que, para que Kassab tenha um papel relevante na eleição de 2026, ele precisará alinhar sua postura com as demandas do grupo.