Uma recente decisão da 8ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo manteve a proibição de utilizar galinhas-d’angola para o controle de escorpiões em áreas residenciais de Presidente Prudente. A proibição gerou discussões sobre o uso da ave no combate a esses aracnídeos. Estudo realizado por mestrandos da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Estadual Paulista (UNESP) investigou a relação entre as galinhas-d’angola e os escorpiões, buscando comprovar se a ave pode ser uma solução natural para o controle desses insetos.
Pesquisas indicam que as galinhas-d’angola têm o escorpião como parte de sua alimentação natural. Em uma das análises, a ave foi identificada como predadora de escorpiões, sugerindo que sua presença pode ajudar a prevenir acidentes envolvendo esses animais. Outros estudos, como uma tese do Instituto de Veterinária da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), mostram que a ave também pode ser eficiente no controle de outras pragas, como moscas domésticas, ampliando seu potencial como ferramenta de manejo de pestes.
As galinhas-d’angola são conhecidas por seu instinto de forrageamento, o que significa que elas caçam pequenos animais e insetos no solo. Sua capacidade de identificar escorpiões é favorecida por sua visão aguçada e pela diferença de hábitos entre as aves e os aracnídeos: enquanto as galinhas são diurnas, os escorpiões são noturnos, o que facilita o encontro entre as duas espécies. Esse comportamento torna as galinhas uma alternativa natural ao uso de pesticidas, especialmente em áreas rurais e agrícolas, onde o controle de pragas é uma prioridade.