Os ministros das Relações Exteriores do G7 emitiram uma nota conjunta em que expressam a falta de legitimidade da posse de Nicolás Maduro como presidente da Venezuela, após as eleições de julho de 2024. O G7 condena a repressão do governo contra opositores e destaca a pressão contínua de Maduro para manter o poder, ignorando a vontade popular expressa nas urnas. A nota também menciona a liderança de figuras da oposição, como María Corina Machado e Edmundo González, e denuncia a perseguição a estes políticos, incluindo o exílio forçado de González.
A situação política no país reflete um cenário de frustração e insegurança entre a oposição, que, apesar das evidências de que seus candidatos venceram as eleições, sente-se impotente frente ao controle do regime de Maduro. Líderes opositores têm se reorganizado, e há um misto de desânimo e esperança cautelosa entre aqueles que buscam alternativas para uma possível transição democrática. Apesar do panorama desolador, as redes sociais têm sido usadas como plataforma para que as lideranças se mantenham visíveis e engajem seus apoiadores.
Maduro, por sua vez, afirmou em seu discurso de posse que sua vitória representa uma resistência à pressão internacional e um triunfo pela soberania da Venezuela. Embora o Conselho Eleitoral Nacional tenha declarado sua reeleição, o governo se recusou a divulgar contagens detalhadas dos votos, o que gerou questionamentos sobre a transparência do processo. A oposição, por sua vez, divulgou dados coletados de urnas que sugerem vitória de seu candidato, e especialistas internacionais, como o Carter Center, corroboram a legitimidade dessas informações.