Os contratos futuros de petróleo registraram fortes altas nesta segunda-feira, 13, com os preços do WTI e Brent atingindo os maiores níveis desde agosto do ano anterior. O avanço é atribuído principalmente às novas sanções dos Estados Unidos contra a Rússia, que incluem bloqueios a grandes empresas do setor de petróleo e gás. O petróleo WTI para fevereiro subiu 2,93%, fechando a US$ 78,82 o barril, enquanto o Brent para março avançou 1,56%, a US$ 81,01 o barril.
Com a imposição das sanções, o governo russo busca formas de mitigar o impacto sobre sua produção, com estimativas indicando uma possível redução na oferta de até 800 mil barris por dia no cenário mais grave. Contudo, analistas afirmam que, com ajustes operacionais, a Rússia poderia minimizar a queda para 300 mil barris diários. A expectativa de escassez de oferta tem gerado pressão sobre os preços, com o banco Morgan Stanley revisando suas previsões para o Brent, que devem agora ficar em US$ 77,50 o barril no primeiro trimestre e US$ 75 no segundo.
Além disso, os mercados acompanham de perto as negociações de um possível acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas, o que poderia aliviar tensões no Oriente Médio. No entanto, divergências políticas internas de Israel colocam em dúvida a viabilidade do acordo, enquanto os investidores se mostram mais atentos ao impacto da oferta global de petróleo. O cenário atual sugere que 2025 poderá ser um ano de alta para os preços da commodity, caso as condições se mantenham.