Os contratos futuros de petróleo fecharam em queda na segunda-feira, 20, devido a um cenário geopolítico conturbado, com destaque para a posse do novo presidente dos Estados Unidos, que anunciou medidas para impulsionar a produção de energia. Em Nova York, os mercados ficaram atentos às primeiras ações da nova administração, incluindo a declaração de emergência nacional e o plano de reverter políticas ambientais do governo anterior. Além disso, a Casa Branca comunicou que os EUA sairão do Acordo de Paris, o que gerou reações nos mercados de energia.
No pregão da New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para março registrou queda de 1,24%, cotado a US$ 76,43 o barril, enquanto o Brent para o mesmo período caiu 0,79%, a US$ 80,15. Analistas indicam que, apesar da resistência dos preços em torno de US$ 80 por barril, os riscos geopolíticos continuam a influenciar as cotações. O novo governo dos Estados Unidos foca em reverter políticas que, segundo a administração, contribuíram para a inflação e a dependência energética do país.
Em paralelo, o acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas trouxe alívio temporário para os mercados, reduzindo as tensões no Oriente Médio. A recuperação dos preços do petróleo desde dezembro também é apontada como uma tendência, mas as expectativas da Associação Internacional de Energia indicam que não haverá um excedente de produção este ano, o que deverá sustentar os preços. A nova administração americana, com seu foco em aumentar a produção nacional de energia, pode impactar diretamente a dinâmica global do mercado de petróleo.