O Fusca, lançado no Brasil em 1959, completou 65 anos e continua a ser símbolo de afeto e memória para muitos, especialmente entre aqueles que o conheceram ainda na infância. Dois colecionadores, um empresário de Fernandópolis e um professor de Rio Preto, compartilham suas histórias e como o carro se tornou uma tradição familiar. Ambos adquiriram seus veículos em diferentes momentos da vida, motivados pela influência dos pais, e buscam manter viva essa memória por meio de seus filhos.
Pedro Félix, de Fernandópolis, comprou seu Fusca azul diamante em 2018 após o nascimento do filho Bento, com o objetivo de compartilhar com ele a mesma experiência que teve com seu pai. A relação com o Fusca se transformou em uma experiência afetiva e educativa, com o filho já interessado no carro e suas modificações. Já Rinaldo de Souza, professor de história e músico de Rio Preto, herdou o amor pelo Fusca de seu pai, que o utilizava quando ele era criança. Desde 2008, ele adquiriu vários modelos, sempre com um apego emocional e histórico, refletindo o impacto do veículo em sua vida.
Ambos os colecionadores enfrentam propostas tentadoras para vender seus carros, mas a conexão afetiva com o Fusca os impede de aceitar. Para eles, o carro não é apenas um objeto, mas um legado que simboliza momentos importantes em suas vidas. Além disso, o Fusca também gera um vínculo com a comunidade, já que muitos admiradores pedem para tirar fotos ou fazem ofertas altas, reforçando a admiração popular por esse clássico automotivo, que segue como um ícone da cultura brasileira.