A Federação Única dos Petroleiros (FUP) convocou protestos contra a alteração das regras de trabalho remoto que a Petrobras implementará a partir de abril. De acordo com a nova política, os trabalhadores terão que comparecer presencialmente ao escritório três dias por semana, em vez de dois, como ocorre atualmente. A FUP considera essa mudança unilateral e defende que as condições de teletrabalho sejam ajustadas conforme as especificidades de cada função, reconhecendo que algumas podem ser realizadas integralmente de forma remota, enquanto outras exigem presença física.
A proposta da FUP é que a quantidade de dias de trabalho remoto e presencial seja avaliada mensalmente, com a criação de comitês em cada unidade da Petrobras para analisar as necessidades individuais dos trabalhadores. A Federação argumenta que a produtividade não foi prejudicada pelo trabalho remoto, e que as mudanças no modelo de trabalho devem ser debatidas de forma transparente, considerando os interesses de ambas as partes. A crítica também se baseia no fato de que, mesmo com as regras atuais, muitos trabalhadores já realizam atividades presenciais sem necessidade de interação física, caracterizando o chamado “teletrabalho presencial”.
Por sua vez, a Petrobras justifica a alteração das regras como uma forma de aprimorar a integração das equipes e agilizar os processos de gestão, especialmente em um momento de crescimento de projetos na companhia. A diretoria executiva da empresa aprovou as mudanças para que todos os funcionários no modelo híbrido cumpram no mínimo três dias de trabalho presencial por semana a partir de abril.