Com o início do segundo mandato de Donald Trump, os fundos de hedge estão adotando posições agressivas no mercado financeiro, refletindo um aumento significativo na alavancagem desde 2010. Investidores apostam na continuidade da valorização do dólar e em um cenário favorável para setores específicos da economia americana, como finanças, tecnologia e energia. No entanto, a volatilidade gerada por políticas de tarifas mais altas e proteção comercial pode limitar os ganhos em outros mercados, como o europeu, que também mostra otimismo com ações de empresas financeiras.
Os gestores de fundos estão especialmente atentos ao impacto das políticas do governo dos EUA sobre mercados emergentes, principalmente em relação ao dólar mais forte e à dívida externa de países que utilizam a moeda americana. Alguns fundos de hedge veem riscos para empresas com grandes passivos denominados em dólares, o que pode afetar negativamente mercados de países com alta exposição à dívida externa. Apesar da cautela, há uma aposta significativa na valorização da moeda americana frente ao euro e à libra esterlina, em parte devido às incertezas políticas na Europa.
A tensão com a China também continua a ser uma preocupação, já que a administração Trump considera medidas punitivas, como tarifas mais altas, para enfrentar questões comerciais. Os fundos que operam no mercado chinês preveem volatilidade e aguardam as reações do governo chinês. Nesse cenário, gestores preferem focar em ações impulsionadas pela demanda interna e exportadores com menor exposição aos riscos tarifários, mantendo uma abordagem cuidadosa até que as políticas de Trump se concretizem.