Após registrar sua primeira perda anual em 2023, o gestor Rogério Xavier e sua SPX Capital conseguiram uma recuperação expressiva em 2024. O fundo SPX Raptor, uma versão mais agressiva de sua principal oferta, o Nimitz, obteve um crescimento de 22% após taxas, superando 96% dos concorrentes no Brasil, conforme dados da Bloomberg. O desempenho foi impulsionado principalmente pelas posições do fundo em moedas, especialmente com a valorização do dólar americano, além de lucros com taxas de juros e ações. O fundo também se beneficiou de uma estratégia de manter posições em futuros de taxas de juros no Brasil, com uma visão negativa em relação ao mercado acionário local.
O bom desempenho de 2024 representa uma recuperação para Xavier, que havia se desculpado com os investidores após um ano difícil em 2023. Nesse período, o SPX Raptor sofreu perdas devido a decisões erradas no Brasil, culminando no primeiro ano negativo do fundo desde sua criação em 2010. Apesar disso, o gestor reafirmou a confiança no modelo de negócios da SPX Capital e no potencial de sua expansão global, destacando que o desempenho decepcionante foi em grande parte causado por dificuldades em interpretar o cenário político do Brasil.
A SPX Capital, fundada no Rio de Janeiro e atualmente com R$ 62 bilhões sob gestão, também apresentou bons resultados com seu fundo offshore, o SPX Global Eagle, que teve uma alta de 14,3% em dólares. A gestora segue com um plano de expansão internacional, contratando profissionais em mercados financeiros importantes como Cingapura e Estados Unidos. A recuperação do fundo é um sinal positivo para a SPX Capital, que continua sendo um dos principais players no setor de hedge funds no Brasil.