O presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Marcio Pochmann, comentou nesta quarta-feira, 29, sobre a resistência de parte dos servidores do órgão em relação à criação da Fundação IBGE+, destacando que os receios sobre uma possível privatização são infundados. Pochmann defendeu que a iniciativa visa proporcionar recursos financeiros complementares para o instituto e ampliar seu orçamento, além de fomentar inovações tecnológicas essenciais para o avanço da instituição.
A questão das fundações em órgãos públicos, como a proposta da Fundação IBGE+, tem gerado controvérsia não só no IBGE, mas também em outras esferas do serviço público. A crítica central é a percepção de que tal modelo poderia levar a uma privatização das atividades do instituto, o que, segundo Pochmann, não ocorre. Ele argumentou que esse tipo de estrutura é necessário para enfrentar os desafios orçamentários e tecnológicos da atualidade.
No entanto, a resistência persiste. O sindicato dos servidores convocou recentemente um ato contra a criação da fundação, alegando que a medida pode afetar a independência e a natureza pública do IBGE. O instituto enfrenta uma crise interna há meses, em parte provocada pela implementação da fundação de direito privado, com diferentes visões sobre os impactos dessa mudança no futuro da instituição.