Funcionários do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) realizaram um protesto em 29 de janeiro de 2025, em frente à sede do órgão, no Rio de Janeiro, contra a gestão de Márcio Pochmann, atual presidente do instituto. Mobilizados pelo sindicato Assibge, os manifestantes criticaram a falta de diálogo com os trabalhadores e a implementação de mudanças na estrutura do IBGE, como a criação da Fundação IBGE+ e a alteração do estatuto do instituto. Os protestos também foram impulsionados pela percepção de autoritarismo por parte da gestão e pela demissão de diversos diretores, que, segundo os sindicalistas, foram forçados a sair devido à falta de autonomia nas decisões.
Os sindicalistas e trabalhadores apontaram que as mudanças implementadas pela gestão de Pochmann, como a suspensão das sedes dos sindicatos e a redução da jornada de trabalho remota, não foram discutidas com os funcionários, o que gerou insatisfação e descontentamento. Além disso, acusaram Pochmann de perseguir sindicalistas e manipular a imagem da gestão para a mídia, criando um ambiente de desconfiança e afastamento entre a direção e os funcionários do IBGE. A falta de transparência nas decisões do instituto e a centralização de poder nas mãos do presidente foram destacados como questões centrais do movimento.
Em resposta às críticas, o Ministério do Planejamento e Orçamento anunciou a suspensão da Fundação IBGE+, que havia sido criada em 2024 sem consulta ao conselho do instituto, um dos principais pontos de conflito. O governo afirmou que está avaliando alternativas para a estrutura do IBGE e que mudanças legislativas poderão ser necessárias, com a intenção de promover um diálogo mais aberto com o Congresso Nacional. A situação reflete a crescente insatisfação com a gestão pública e a dificuldade de comunicação entre os trabalhadores e as lideranças governamentais.