A Polícia Civil da Bahia localizou um acampamento improvisado que pode ter sido utilizado por um dos 16 detentos que fugiram do Conjunto Penal de Eunápolis, no extremo sul do estado, em dezembro de 2024. A fuga, considerada inédita pela Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap), envolveu uma ação armada e coordenada por um grupo externo, que trocou tiros com a segurança do presídio e facilitou a saída dos internos utilizando ferramentas para invadir a unidade. Apesar das buscas intensificadas, nenhum dos fugitivos havia sido recapturado até esta terça-feira (7).
Segundo as investigações, o objetivo da operação criminosa era libertar um dos detentos, apontado como liderança de uma facção com atuação na Bahia e em outros estados. Além disso, todos os 16 fugitivos são associados a essa mesma organização, conforme a polícia. Medidas emergenciais foram tomadas pela Seap após a fuga, como o afastamento de gestores do presídio, a intervenção administrativa por 30 dias e a instauração de uma sindicância para apurar responsabilidades e fragilidades na segurança.
A superlotação do presídio, que abrigava 570 internos em um espaço projetado para 457, e as condições estruturais destacam desafios na gestão do sistema prisional do estado. De janeiro de 2023 a dezembro de 2024, mais de R$ 16 milhões foram investidos em melhorias nas unidades prisionais baianas, mas o caso de Eunápolis expôs lacunas significativas que demandam soluções urgentes. As buscas pelos fugitivos seguem, enquanto a segurança pública local permanece em alerta.