A Frente Nacional dos Consumidores de Energia (FNCE) projeta que até 2050, os consumidores de energia no Brasil, tanto livres quanto regulados, poderão arcar com cerca de R$ 621 bilhões em subsídios e benefícios setoriais anunciados em 2024. Esse valor se baseia, principalmente, nas emendas inseridas no projeto de lei que estabelece o marco regulatório para a produção de energia eólica no país, cujas alterações incluem a contratação de térmicas a gás natural e usinas a carvão mineral. A expectativa é que o governo federal vete as emendas.
Além das emendas, o cálculo da FNCE também leva em consideração ações do Executivo, como a flexibilização de medidas para a recuperação da Amazonas Energia, com um impacto financeiro de R$ 14 bilhões. A Justiça Federal do Amazonas determinou a aprovação do plano de transferência da distribuidora para a Âmbar Energia, um processo que envolve o custo da operação e que se estende por um período de 15 anos.
A FNCE também destaca que a tarifa de energia pode ser impactada em mais R$ 50 bilhões nos próximos 25 anos devido à prorrogação do acesso dos investidores de energias renováveis a subsídios. A entidade ainda alerta sobre os efeitos da manutenção da tarifa de Itaipu em US$ 16,7 por quilowatt por três anos, em vez de um valor potencialmente mais baixo, estimando um custo adicional de R$ 12 bilhões nesse aspecto.