O partido França Insubmissa, principal representação da esquerda francesa, anunciou, em 14 de janeiro, a intenção de apresentar um voto de confiança ao governo do primeiro-ministro François Bayrou, após o premiê afirmar que reabriria as negociações para uma reforma da previdência. A vice-presidente da legenda, Clémence Guetté, utilizou as redes sociais para criticar o discurso de Bayrou na Assembleia Nacional, acusando-o de comprometer o andamento das negociações orçamentárias e mencionando o recente mecanismo legislativo que resultou na destituição do antecessor de Bayrou, Michel Barnier, no final de 2024.
Além disso, o primeiro-ministro confirmou a meta de déficit fiscal de 5,4% do PIB francês para 2025, o que representa um aumento em relação à meta anterior de 5% estabelecida por Barnier. Bayrou também reafirmou suas projeções para o crescimento da economia, estimando uma expansão de 0,9% do PIB para este ano. Esse movimento ocorre em um contexto de dificuldade na aprovação do orçamento, o que levou a críticas dentro do governo e no parlamento.
A aprovação do orçamento permanece uma questão crucial para a estabilidade do governo, sendo considerada essencial para o futuro fiscal da França. A expectativa é que o voto de confiança proposto pelo partido da oposição possa gerar um impacto importante nas negociações políticas sobre o orçamento e as reformas sociais planejadas pelo governo.