Quando jovem, as celebrações de Ano Novo eram uma mistura de magia e rituais incompreensíveis, como pular sete ondas no mar e fazer oferendas a Iemanjá. Essas tradições, envolvendo um sincretismo cultural que unia pessoas de diferentes crenças, eram marcadas pela esperança de que os desejos feitos fossem atendidos. A virada do ano também trazia consigo o espetáculo dos fogos de artifício, um momento aguardado com ansiedade, mas também com um certo receio devido ao barulho ensurdecedor e seus efeitos negativos sobre pessoas e animais.
Com o passar do tempo, a tradição dos fogos de artifício passou a ser questionada, principalmente pelos seus impactos na saúde física e mental. O barulho intenso pode causar perda auditiva, estresse, ansiedade, além de afetar o sono e o sistema cardiovascular. A fumaça liberada pelos fogos agrava doenças respiratórias e também afeta animais domésticos, que sofrem com o barulho e a ansiedade gerada pela explosão. Diante desses efeitos adversos, surge a necessidade de repensar as celebrações de Ano Novo, buscando alternativas que sejam tanto festivas quanto inclusivas.
Em resposta a essa demanda, várias cidades ao redor do mundo têm adotado novas tecnologias, como drones sincronizados e projeções de laser, para substituir os tradicionais fogos de artifício. Esses espetáculos oferecem uma alternativa visualmente impressionante, mas sem os danos causados pelo barulho e pela poluição. Países como China, Inglaterra, Dubai e Coreia do Sul já exploram essas inovações, e elas têm se mostrado bem-sucedidas em criar celebrações mais sustentáveis e acessíveis a todos, sem perder a magia e a emoção da virada de ano.