O Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou para cima sua estimativa de crescimento do Brasil para 2024, passando de 3,0% para 3,7%. Essa projeção supera tanto a previsão do governo quanto a do Banco Central, que eram de 3,3% e 3,5%, respectivamente. A revisão reflete uma expectativa mais otimista para a economia brasileira, que, apesar de um ciclo de aperto monetário, continua demonstrando força, com um mercado de trabalho saudável e aumento da renda. O FMI também manteve sua projeção de desaceleração para 2025, estimando um crescimento de 2,2%, o mesmo valor projetado para 2026.
Apesar da política monetária contracionista adotada pelo Banco Central, que elevou a taxa de juros Selic em 1 ponto percentual para 12,25% no final de 2024, a economia brasileira segue aquecida. Em 2023, o país registrou uma expansão de 0,9% no terceiro trimestre em comparação ao segundo, e o crescimento acumulado até setembro foi de 3,3%. Esse desempenho é sustentado pela demanda interna e pelo fortalecimento do mercado de trabalho, mas a pressão inflacionária persiste como um desafio.
O FMI também ajustou suas previsões para outras economias latino-americanas. O crescimento do México, por exemplo, será de 1,8% em 2024, abaixo do crescimento projetado para o Brasil. O crescimento da América Latina e Caribe foi revisado para 2,4% em 2024, com uma leve aceleração nos anos seguintes, chegando a 2,7% em 2026. No contexto de mercados emergentes e economias em desenvolvimento, o FMI manteve suas projeções de 4,2% de crescimento para 2024 e 2025, com leve aumento para 2026.