O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) confirmou a existência de fissuras no tanque de um caminhão que transportava 23 mil litros de ácido sulfúrico e que afundou no Rio Tocantins após o desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira. Mergulhadores identificaram os danos, levantando a suspeita de vazamento do produto. Apesar disso, análises realizadas até o momento não indicam alterações significativas na qualidade da água nem impactos à fauna local. A empresa responsável pelo veículo deverá apresentar um relatório oficial até o dia 9 de janeiro, enquanto a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico monitora diariamente as condições do rio.
Além deste caminhão, outros dois veículos também caíram no rio durante o acidente, carregando produtos perigosos. Um deles transportava 40 mil litros de ácido sulfúrico, mas foi constatado que o tanque permanece intacto. O terceiro veículo, que carregava bombonas de agrotóxicos, passará por inspeções adicionais para avaliar os riscos. O Ibama notificou as empresas envolvidas e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) para que apresentem planos de emergência detalhados para a retirada segura dos caminhões e das cargas depositadas no leito do rio.
A ponte, que conectava os estados do Maranhão e Tocantins pela BR-226, desabou no dia 22 de dezembro de 2024. A operação de busca e resgate das vítimas ainda está em andamento, enquanto rotas alternativas estão sendo utilizadas para o trânsito entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Um sistema de balsas será implementado para auxiliar a travessia de veículos leves e de emergência, sem custo para os usuários, após a conclusão das buscas. O caso segue em análise pelas autoridades ambientais e de infraestrutura, com ações emergenciais para minimizar os impactos ambientais e sociais do incidente.