Em 2024, os financiamentos imobiliários no Brasil somaram R$ 186,7 bilhões, registrando um aumento de 22,3% em relação ao ano anterior, conforme dados da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). O volume atingiu o segundo maior patamar histórico, refletindo uma forte demanda da população por crédito para aquisição da casa própria. Em termos de unidades financiadas, o total foi de 568,2 mil imóveis, representando um crescimento de 13,8% sobre 2023.
A maior parte dos financiamentos, ou R$ 179,1 bilhões, foi originada no Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), voltado para imóveis de médio e alto padrão. Por outro lado, o levantamento não inclui os empréstimos originados no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), voltados para habitações populares no âmbito do programa Minha Casa Minha Vida. Embora o setor tenha se mantido aquecido ao longo de 2024, a elevação das taxas de juros pelos bancos no final do ano pode impactar o mercado em 2025.
No mês de dezembro, os financiamentos SBPE bateram recorde, somando R$ 17,6 bilhões, um aumento de 15,7% em comparação com o mesmo mês de 2023. A Caixa Econômica Federal liderou o mercado, com R$ 79,6 bilhões, respondendo por 42,6% do total. Em seguida, Itaú Unibanco, Bradesco, Santander e Banco do Brasil se destacaram, mas com participações menores. A expectativa é que o aumento nas taxas de juros tenha um impacto negativo no setor em 2025, embora o volume de financiamentos tenha se mostrado robusto até o final de 2024.