O governo das Filipinas acusou a China de intimidar pescadores locais e de normalizar a presença de embarcações ilegais no Mar da China Meridional, após o envio de um grande navio da guarda costeira chinesa para uma área em disputa, conhecida como Scarborough Shoal. A situação tem gerado crescentes tensões nos últimos dois anos, com as Filipinas protestando contra a presença de embarcações chinesas em sua zona econômica exclusiva (ZEE), especialmente após a recente aproximação de um navio de 165 metros da costa de Zambales.
Em resposta, o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional das Filipinas, Jonathan Malaya, qualificou a presença do navio chinês como uma “escalada” e uma tentativa de “intimidar os pescadores filipinos” ao afastá-los de suas áreas de pesca. As Filipinas enviaram seus próprios navios para intervir e afastar as embarcações chinesas, alegando que a ação chinesa é parte de uma estratégia para estabelecer uma presença ilegal permanente na região. A disputa sobre o Scarborough Shoal é um reflexo das tensões geopolíticas na região, com a China e outros países vizinhos, como as Filipinas, reivindicando áreas do Mar da China Meridional.
A China, por sua vez, defende que a área disputada faz parte de seu território e justifica suas ações como legais, afirmando que as operações estão em conformidade com a legislação nacional. As disputas sobre o Mar da China Meridional envolvem não apenas as Filipinas, mas também outros países da região, como Brunei, Vietnã, Indonésia e Malásia. A complexidade da situação é acentuada por uma decisão de 2016 de um tribunal internacional que invalidou as alegações territoriais da China, decisão esta que foi rejeitada por Pequim.