O Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos, decidiu manter as taxas de juros inalteradas entre 4,25% e 4,50% ao ano, refletindo a continuidade de um cenário econômico incerto. A decisão, anunciada em 29 de janeiro, estava alinhada com as expectativas do mercado financeiro. Em sua última reunião, em dezembro, o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) já havia reduzido os juros em 0,25 ponto percentual e sinalizado uma pausa nas quedas, em resposta à instabilidade nas perspectivas econômicas.
O Fomc destacou que a economia dos EUA segue em expansão moderada, com um mercado de trabalho forte, embora a inflação ainda se mantenha acima da meta de 2%. O Comitê continua monitorando a situação e está preparado para ajustar a política monetária caso surjam riscos que possam afetar suas metas de emprego e inflação. O anúncio também foi o primeiro desde a posse do novo presidente norte-americano, que tem pressionado o Fed para cortar os juros, especialmente devido à queda nos preços do petróleo.
As decisões do Fed impactam diretamente o Brasil, já que taxas de juros elevadas nos EUA podem resultar em uma valorização do dólar e desestimular investimentos estrangeiros no país. Além disso, a alta do dólar tende a pressionar a inflação brasileira, afetando o ciclo de juros do Banco Central do Brasil. O cenário atual, portanto, envolve desafios para a economia brasileira, com o aumento da volatilidade cambial e possíveis ajustes nas políticas monetárias globais.